A certificação da floresta garante a manutenção do plantio, o emprego e a atividade econômica. Saiba mais sobre o selo verde!
A certificação da floresta é uma garantia de origem da madeira que serve para o comprador ter a opção de escolher um produto diferenciado e com valor agregado, atingindo um público mais exigente. Continue lendo para saber mais sobre o selo verde!
Permitindo esse público adquirir um produto que não degrade o meio ambiente e colabora para o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais. O processo de certificação precisa garantir a manutenção da floresta e também o emprego e a atividade econômica que proporciona.
O selo verde reconhecido em todo mundo e presente em mais de 75 países é o FSC (Florest Stewardship Council), que tem o objetivo de disseminar o uso racional da floresta, permitindo sua existência a longo prazo.
Para tanto, criou um conjunto de normas internacionais chamadas de Princípios e Critérios que assegurem ao mesmo tempo a floresta, os benefícios sociais e a viabilidade econômica.
Para obter o selo é necessário todas as etapas da cadeia produtiva ser certificada. Um produto com o selo FSC terá um valor agregado maior, podendo abrir novos mercados além de poder ser rastreado em sua cadeia produtiva. Acredita-se que a madeira certificada, em média 8,5% mais cara do que a sem histórico de proveniência.
As normas de Manejo Florestal garantem que a floresta é manejada de forma responsável, de acordo com os Princípios e Critérios do FSC:
P1: Conformidade com as Leis e Princípios do FSC;
P2: Posse e Direitos e Responsabilidades de Uso;
P3: Direitos dos Povos Indígenas;
P4: Relações Comunitárias e Direitos dos Trabalhadores;
P5: Benefícios da Floresta;
P6: Impacto Ambiental;
P7: Plano de Manejo;
P8: Monitoramento e Avaliação;
P9: Manutenção de Florestas de Alto Valor de Conservação;
P10: Plantações.
No que diz respeito ao Princípio Plantações, elas podem proporcionar um leque de benefícios sociais e econômicos e contribuir para satisfazer as necessidades globais por produtos florestais, elas devem completar o manejo, reduzir as pressões e promover a restauração e conservação das florestas naturais:
- Implementadas de forma planejada;
- Contribuir para a conservação das florestas naturais;
- Minimização dos impactos;
- Diversificação;
- Benefícios sociais.
Os 10 princípios do FSC (selo verde) garantem vantagens e benefícios que atingem todos níveis da cadeia produtiva, desde a floresta até o consumidor final.
- Preços melhores, pois a procura por madeira certificada é grande e aumenta a acessibilidade ao mercado internacional, especialmente europeu;
- Aumento de produtividade. Trabalhadores treinados em técnicas de manejo florestal reduzem o desperdício na floresta;
- Melhoria de imagem. Para empresas que trabalham com o setor madeireiro, o certificado FSC traduz a responsabilidade socioambiental com o manejo da floresta;
- Garantia de origem. Ao comprar de produtores certificados, a empresa sabe que a madeira que está consumindo provém de uma floresta bem manejada e, portanto, não está colaborando para a exploração predatória dos recursos florestais;
- Reconhecimento do mercado. Um número crescente de consumidores conscientes estão dando preferência aos produtos que tem o selo. Para empresas exportadoras, o selo pode aumentar a acessibilidade ao mercado externo;
- Responsabilidade Social. Empresas que possuem a certificação e aquelas que compram produtos com o selo estão traduzindo em ações o seu comprometimento com a responsabilidade social;
- Garantia de origem para os consumidores. Ao comprar produtos certificados, o consumidor consciente sabe que aquela matéria-prima florestal foi explorada através de técnicas de manejo, e em que foram aplicadas localmente as leis ambientais e trabalhistas;
- Contribuição para a causa. Ao escolher um produto certificado, o consumidor está premiando as empresas responsáveis que respeitam toda a legislação, o direito dos trabalhadores e da comunidade, além de obedecer todos os padrões estabelecidos para um bom manejo da floresta.
O FSC realiza dois tipos de certificação: a de manejo florestal propriamente dita, onde todos os produtores podem obter o certificados. As florestas podem ser naturais ou plantadas, públicas ou privadas e a certificação é caracterizada por tipo de produto: madeireiro, como toras ou pranchas; ou não, tal como o óleo, sementes e castanhas.
O outro tipo de certificação diz respeito a cadeia de custódia, destinada aos produtores que processam a matéria-prima. Os alvos desta categoria são as serrarias, os fabricantes e os designers que desejam utilizar o selo FSC no seu produto. Assim, a certificação é voltada para garantir a rastreabilidade, que integra a cadeia produtiva até o produto final.
Hoje o Brasil é considerado o país com maior área de florestas e também o maior número de produtos certificados com selo verde. Hoje já são mais de 3 milhões de hectares de florestas certificadas, que vai desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul e cerca de 170 certificações de cadeia de custódia.
Os produtos com o selo verde são destinados, em sua maior parte para exportação a países europeus e da América do Norte. Portanto, já existe um número superior a 60 organizações (indústrias, designers, governos estaduais, entidades de classe e outros) pertencentes ao Grupo de Compradores de Madeira Certificada, entidade que se compromete em dar sempre preferência ao produto certificado.
A criação do FSC Brasil (o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal) foi em 2001. Hoje a perspectiva é o crescimento constante das áreas florestais certificadas com selo verde e dos produtos com cadeia de custódia certificadas.
Para informações adicionais, acesse: https://br.fsc.org/pt-br/fsc-brasil
Investimento no Manejo de Mogno Africano
Segundo o Solano Aquino, o mercado brasileiro de madeiras nobres já movimentava em 2015 mais de meio bilhão de reais, sendo que os produtores já estão chamando o Mogno Africano de ouro verde.
O crescimento da produção do Mogno Africano, como lavoura executada de forma profissional, cresceu nos últimos sete anos. Trata-se de uma espécie que ainda está entrando no mercado brasileiro, mas o valor que movimenta a economia hoje já é significativo, representando um investimento seguro.
“Não há uma área mínima definida para que o negócio seja viável, obviamente segue o mesmo padrão de qualquer outro negócio. Projetos maiores abrem possibilidade para um maior poder de negociação face aos fornecedores de mudas, insumos e serviços e isso faz com que haja um custo unitário mais baixo, tornando automaticamente a floresta mais rentável”, diz Aquino.
Ao analisar os valores monetários de importação e exportação das toras e da madeira laminada (metro cúbico) de países como a França e Portugal nos anos de 2008, 2009 e 2010, percebemos uma grande quantidade de importação e pouca exportação. Estes países utilizam o Mogno Africano e ainda necessitam importar para atender seu mercado interno.
Contudo, é uma madeira extremamente valorizada. Seu cultivo em países como o Brasil, onde ela apresenta um crescimento superior à região nativa, pode nos tornar um país potencialmente exportador desta madeira.
Fazendo um comparativo dos valores de DAP, altura total, altura do fuste e volume encontrados no Brasil a valores da espécie em outros países produtores percebemos que aos 4,4 anos já estamos muito superiores a uma espécie em sua região de origem.
O Brasil, que já se destaca nacionalmente na produção do Mogno Africano, vai se destacar muito mais internacionalmente por apresentar um desenvolvimento da espécie muito superior à outras regiões, portanto o produtor interessado neste mercado deve ficar atento as normas para exportação, exigência do FSC e outras exigências do mercado internacional, com a vantagem de auferir uma margem de lucro maior de seu produto.
Para entender mais sobre a lucratividade do mogno africano, baixe nossa planilha modelo de investimento: