As espécies de árvores nativas e exóticas são classificadas de acordo com sua origem. Veja mais sobre a diferença delas neste artigo!
É inegável a importância que as árvores possuem no universo, atuando na melhoria da qualidade de vida da população, servindo como fonte de alimento e habitat de uma enorme variedade de animais, e também como matéria prima para muitos materiais utilizados pelo homem, como papel, móveis, medicamentos e etc. É fato que existem árvores de vários tipos e para várias finalidades, mas cada uma possui características únicas e especiais.
Sabe-se que são infinitas as variedades de espécies de árvores no mundo todo. De acordo com uma pesquisa publicada no G1, existem 8.715 espécies de árvores somente no território brasileiro, o que corresponde a 14% das 60.065 que existem no mundo, sendo considerado o país com a maior biodiversidade de árvores do planeta. Em segundo lugar, entra a Colômbia, com 5.776 espécies, e a Indonésia, com 5.142.
De acordo com a reportagem publicada no Journal of Sustainable Forestry, o estudo foi realizado com base nos dados de uma rede de 500 jardins botânicos ao redor do mundo da Botanical Gardens Conservation International (BGCI na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos. A expectativa é que a lista, elaborada a partir de 375,5 mil registros, seja usada para identificar espécies raras e ameaçadas, prevenindo sua extinção.
As árvores podem ser classificadas de acordo com sua origem, entre espécies nativas e exóticas ou introduzidas. Entenda abaixo o significado de cada uma dessas classificações:
Espécie Nativa: planta que é natural, originária da região em que vive, ou seja, que cresce dentro dos seus limites naturais incluindo a sua área potencial de dispersão.
Espécie Exótica ou Introduzida: árvore que se estabelece para além da sua área de distribuição natural, que nasce em outro local por ter sido transportada e introduzida intencional ou acidentalmente pelo homem.
Espécie Exótica Invasora: é aquela espécie exótica que, sem a intervenção direta do homem, avança sobre outros territórios e ameaça habitats naturais ou seminaturais, causando impactos ambientais, econômicos, sociais ou culturais.
As possibilidades de mudança de local das espécies podem se dar de duas formas:
Introdução: é quando são colocados indivíduos de uma espécie em uma área em que a espécie não ocorre naturalmente. Pode ser relativa a espécies nativas (brasileiras) ou exóticas (de outro país). Pode ocorrer de maneira natural ou pela intervenção do homem..
Invasão Biológica: é quando são introduzidas espécies de outros ecossistemas e se adaptam às condições do ambiente no qual se inserem, fazendo com que aumentem seus indivíduos de forma descontrolada, atingindo densidades muito elevadas, podendo causar danos às espécies locais e afetar negativamente o ecossistema nativo. As invasoras competem com as espécies nativas por recursos como território, água e alimento. Em alguns casos, se alimentam das espécies nativas, o que agrava ainda mais seu impacto ao meio ambiente local.
Estudos mostram que a invasão biológica é a 2ª principal causa da perda de biodiversidade em ecossistemas naturais, ou seja, é muito importante fomentar o cultivo de espécies nativas ou introduzir espécies exóticas que não apresentem comportamento invasor.
No Brasil, tratando-se de árvores nativas, é muito comum encontrar a mesma espécie, em várias regiões do país, como por exemplo o ipê, a canafístula, o manacá, que se desenvolvem bem em climas e temperaturas diversas. Há ainda, aquelas que são símbolos de representação, como por exemplo a Araucária no estado do Paraná ou o próprio Pau Brasil, árvore nativa das florestas tropicais da costa brasileira que deu origem ao nome do nosso país.
Quanto às árvores exóticas, listamos as principais características das espécies mais populares e presentes no Brasil:
Khaya grandifoliola (ivorensis/grandifoliola) – Mogno Africano
O mogno africano é originário das regiões tropicais de baixa altitude da África Ocidental, abrange países como Costa do Marfim, Gana, Togo, Benin, Nigéria e Angola. Sua árvore pode atingir de 40 a 60 metros de altura e diâmetro de 2,10 m. Se desenvolve melhor em áreas mais quentes e não resiste à regiões com presença de geadas.
Por ser considerada nobre, é uma das espécies madeireiras mais importantes para plantios comerciais, combinando crescimento rápido, boa qualidade da madeira e excelente cotação no mercado internacional.
Possui diversas finalidades, como movelaria, marcenaria, compensados, laminados, construção de navios e embarcações, instrumentos musicais, acessórios de luxo, entre outros.
Acacia mangium – Acácia Australiana
A acácia é uma espécie nativa da parte noroeste da Austrália e do oeste da Indonésia. Se adapta melhor em zonas baixas e úmidas, podendo alcançar uma altura de 25 a 30 m.
A madeira é considerada dura, podendo ser facilmente serrada, aplainada, polida, colada e pregada, é muito utilizada principalmente para polpa de celulose. Porém também é apta para ser usada como mourões, construção civil, carvão, aglomerados e compensados.
Syzygium jambolanum – Jambolão
Esta espécie possui um porte menor, sua altura pode chegar de 10 a 15 metros, é originário da Índia, mas muito comum no nordeste, sul e sudeste do Brasil.
Sua madeira não agrega qualidade para fins comerciais, porém sua árvore é possui características ornamentais, sendo muito encontrada em praças e jardins. Além disso é uma espécie frutífera, cujo fruto possui sabor suave e pode ser apreciado in natura ou em receitas.
Considerando a enorme biodiversidade do Brasil e sua grande extensão territorial, podemos perceber que não é difícil encontrar árvores nativas ou exóticas por aí, não é mesmo? Qual das espécies listadas é mais comum de encontrar na sua região?
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