O dia de campo, com especialistas do IBF, aconteceu em Barão de Monte Alto/MG na Fazenda Murici em um plantio de Mogno Africano
Estiveram reunidos em Barão de Monte Alto/MG, especialistas do IBF, profissionais e investidores florestais para participarem do Dia de Campo de Mogno Africano no sábado, dia 12 de maio de 2018. O evento foi realizado na Fazenda Murici, propriedade de Gilson Góes e do Ricardo Maia, onde há 70 hectares de mogno africano (Khaya ivorensis/grandifoliola) plantados, com espaçamento 3 x 2 m.
O espaçamento utilizado é vital para o crescimento das árvores para que elas se desenvolvam, gerando competição com as outras e, portanto, provoque maior crescimento. Isso também determina o grau de esbeltez e influencia a qualidade da madeira para que a árvore tenha o maior rendimento possível. Atualmente, as árvores deste plantio, têm tamanho médio de 12 metros de altura e 12 centímetros de diâmetro.
Os participantes presenciaram na prática, as atividades técnicas de todo o processo de desbaste de uma floresta com mais de 3 anos. O corte teve como objetivo selecionar as melhores árvores para o corte final a fim de que o espaço vital de crescimento fosse aumentado e também eliminar as árvores que não apresentaram desenvolvimento significativo, crescimento mais lento e não retilíneo.
Discutiu-se as finalidades das madeiras cortadas e as etapas do processo de seleção das árvores, tanto aspectos físicos quanto biológicos de cada indivíduo da floresta. As árvores escolhidas para desbaste tiveram como critério espessura, curvaturas acentuadas nos troncos e crescimento vertical mais baixo em relação às outras.
Das toras colhidas, foi retirado a casca, que em seguida é descartada, para facilitar a permeação da solução imunizadora de produtos químicos com o intuito de aumentar a durabilidade da madeira, a qual poderá ser utilizada para confecção de palanques.
Além disso, foi explicado o sortimento florestal que é a capacidade que a floresta tem de produzir indivíduos de diferentes tamanhos de circunferência, ou seja, quanto maior o sortimento, mais chances deles terem maior volume de madeira e, consequentemente, um maior valor da tora.
A expectativa é de que estas árvores ultrapassem 1m³ bruto, obtendo-se assim o melhor rendimento e aproveitamento da madeira, tendo como base o corte final aos 17 anos, segundo a previsão dos especialistas do IBF. O Dia de Campo pôde proporcionar aos profissionais e investidores, experiências reais do processo de uma colheita florestal.