Conhecida popularmente como “mato”, a erva daninha é qualquer planta silvestre que cresce em áreas controladas pelo ser humano, como: hortas, cultivos agrícolas, florestas e pastos.

Quando há um crescimento descontrolado dessa planta, pode ocasionar prejuízos para o produtor e para o desenvolvimento das culturas. Porém, quando o seu controle é feito preventivamente e de forma contínua, pode trazer resultados positivos para o plantio. 

O mato é prejudicial para o meu plantio?

Apesar de serem associadas a pontos negativos, as ervas daninhas podem contribuir de forma positiva para o crescimento de uma cultura. 

Tratando-se do Mogno Africano, por exemplo, nos primeiros anos, com a copa das mudas ainda ocupando pouco espaço, há luminosidade excessiva, favorecendo a germinação das sementes, onde se inicia a competição do mato com as mudas.

Essa competição estimula o crescimento em altura da muda, já que ela busca não perder espaço para receber a luminosidade para o seu crescimento.

A competição só desfavorece quando ela perde espaço e começa a ser sombreada pelas plantas invasoras. 

Por que combater o mato?

O controle do mato visa inibir a competição de água, luz e nutrientes do solo com a cultura em desenvolvimento. 

Quando esta operação é realizada, os nutrientes que estavam presentes nas ervas daninhas retornam ao solo de forma gradual, uma vez que não haverá mais atividade fotossintética após o combate.

Neste sentido, ao realizar o combate, a planta invasora forma uma cama de plantas mortas, chamada de serrapilheira, cuja função é importante para a ciclagem de nutrientes, desempenhando papel fundamental na manutenção da floresta.

Os resíduos gerados servem como barreira física contra a perda de umidade, manutenção da temperatura do solo, contenção do escoamento excessivo de terra (erosão), além de diminuir a entrada de luz e germinação do banco de sementes instalado no terreno.

Como controlar o mato (ervas daninhas)?

Quando as ervas daninhas estiverem em estado de competição maléfica (matocompetição), alguns métodos de controle poderão ser empregados. 

O método selecionado e a estratégia operacional utilizada devem levar em conta a espécie infestante, bem como a capacidade da planta invasora em relação à competição por água, luz e nutrientes. Os controles mais comuns são:

Controle mecânico

Pode ser realizado através da retirada manual ou uso de equipamentos como roçadeiras. Embora a introdução dos herbicidas no mercado tenha facilitado a operação, o uso deste equipamento é muito comum.

Controle químico

O controle químico é feito com defensivos agrícolas, conhecidos como herbicidas. Antes de realizar essa operação é imprescindível  conhecer a dinâmica sobre os herbicidas e seus diferentes mecanismos de ação na planta invasora, para que dessa forma seja usado da forma correta.

Geralmente sua aplicação é realizada por meio de pulverizadores acoplados em trator, aéreos ou através da bomba costal.

Importante: em períodos de chuva, o mato cresce mais rápido em relação a períodos comuns. Por isso, o controle nessa época é mais trabalhoso, já que a aplicação de herbicidas como combate fica prejudicada, devido à chuva.

Aplicação de herbicida com bomba costal
Roçada e capina manual
Controle físico

O controle físico pode ser feito por meio da solarização do solo (técnica baseada no aquecimento do substrato por meio da energia solar).

Para fazer a solarização, usa-se uma cobertura de polietileno transparente. Dessa forma, a temperatura do solo aumenta, matando a plântula – embrião da erva daninha.

Controle cultural

Este método baseia-se na adoção de práticas agrícolas comuns, como rotação de culturas, variação de espaçamento, população de plantas e cobertura verde. 

A prática auxilia na redução do banco de sementes do solo, reduzindo os níveis de infestação da lavoura nos próximos anos.

Mesmo que haja quatro opções para controle do mato, os mais utilizados em plantios de Mogno Africano são o combate mecânico e o combate químico. 

Além disso, é válido ressaltar que, por mais que haja um controle adequado e contínuo, o mato nunca será eliminado por completo. Por isso, o nome dado para essa atividade é “controle” e não “eliminação”.

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