Em entrevista exclusiva ao Canal Rural, Solano Aquino destaca a importância da produção de madeira de mogno africano

O Canal Rural, um dos principais jornais especializados no agronegócio e referência em atualidades do ramo, além de divulgar eventos relacionados ao segmento, publica as novidades mais atuais da economia deste setor. Em janeiro de 2019, o jornal deu destaque à produção de madeira de mogno africano como possibilidade de investimento que agrega tanto para a parte financeira quanto ambiental.

mogno africano muda

O Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Florestas, Solano Aquino, contribuiu com a matéria e concedeu uma entrevista exclusiva ao Canal Rural, comentando sobre a rentabilidade e o retorno financeiro do mogno africano para fins de produção de madeira nobre que está em evidência no mercado, uma vez que a madeira tropical dura é considerada uma commodity de alto valor comercial.

Na entrevista, destacou-se sobre a alta taxa de retorno do modelo de investimento e a crescente quantidade de florestas de mogno africano plantadas. Dentre as principais aplicações do produto final estão os instrumentos musicais, a indústria naval e o mercado de luxo como móveis e artigos rústicos.

Conforme mencionado na reportagem, o Brasil produz 15 milhões de metros cúbicos de madeira nobre extraídos de florestas naturais da Amazônia. Especialistas apontaram que corre o risco de faltar matéria prima em menos de 20 anos, ou seja, ocorrerá a redução de 64% de madeira nobre até 2030. Diante desses fatos, destacou-se a importância de aumentar a quantidade de florestas plantadas.

Durante a entrevista ao Canal Rural, Solano relatou: “hoje temos 30 mil hectares de mogno africano plantados incluindo os plantios organizados, plantios consorciados, e pequenas iniciativas em todo o Brasil”. O estado de Minas Gerais foi apontado como o maior polo de implantação de florestas de madeira nobre do Brasil, plantando anualmente mais de 180 hectares. O mogno africano é a principal delas e também concentra a maioria dos plantios em Minas.

O presidente do Instituto Brasileiro de Florestas aposta que o hectare implantado pode valorizar em média 18% ao ano. Solano, explicou ao Canal Rural que “a cada dia vem se valorizando mais o metro cúbico da madeira cortada, então seria 1.090 € o metro cúbico da madeira cortada e seca. Sendo que em 2012 o preço da madeira de mogno africano estava na faixa de 590 €. Em tão pouco tempo, o tanto que se valorizou.” Ele acredita muito no mercado do mogno e trabalhando no cenário mais moderado possível, a floresta tem uma produtividade de 18% ao ano de retorno do capital investido.

“É o recomendado para madeira de serraria para que você possa estar atingindo esse mercado que remunera bem, mas é altamente exigente e pede uma madeira de qualidade”, reforça Solano sobre a importância de um plantio comercial, orientado por profissionais especializados, ao Canal Rural.

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