A Associação de Produtores de Mogno Africano do Brasil – ProMogno foi fundada com o objetivo de fortalecer o setor produtivo desta espécie

Compreendendo o panorama do setor produtivo de florestas comerciais no Brasil, é válido afirmar que o cenário de florestas plantadas ainda possui uma baixa demanda diante da necessidade do mercado consumidor madeireiro. Dessa forma, o cultivo de espécies nobres, por apresentar um maior valor agregado perante as espécies comuns,  tem chamado a atenção de muitos produtores locais. Em específico, o mogno africano, é uma árvore que ganhou ainda mais evidência pelos investidores e como consequência, exigiu-se uma atenção maior no planejamento do investimento florestal, que contempla desde a execução do plantio das mudas até o beneficiamento da madeira e venda do produto final.  

Com o crescente número de plantios desta espécie nobre, surgiu a necessidade de reunir e formalizar um grupo de produtores que tivessem interesses em comum em relação a cadeira produtiva e mercado consumidor desta madeira. Logo, em maio de 2019, a Associação de Produtores de Mogno Africano do Brasil – ProMogno foi fundada por um grupo de produtores e reflorestadores que tem como objetivo principal, agregar valor e viabilizar a venda em bloco da madeira produzida pelos associados.

Gisele Atallah, que é fundadora e atual presidente da associação, produz aproximadamente 50 hectares de mogno africano em Pedro Gomes, município do estado do Mato Grosso do Sul, na Fazenda Santa Rita que pertence ao Grupo Atallah. A empresa opera no segmento florestal implantando predominantemente a espécie Khaya grandifoliola. Divididos em lotes, os plantios começaram no ano de 2015, contendo áreas que variam de 0 a 5 anos de idade, com árvores recém plantadas e outras que chegam a quase 20 metros de altura. As operações foram mecanizadas, totalizando mais de 80 mil pés de mogno africano.

Pensando a longo prazo, o maior empenho dos associados é encontrar um destino de volume e de frequência da madeira produzida, com foco na exportação futura. Além disso, também têm como objetivo alcançar um selo de qualidade para certificar todas as florestas produzidas visando um “plus” para toda essa demanda. 

A grande vantagem de se associar a este grupo de investidores, é poder se planejar com mais tempo para entender e estudar melhor o mercado que se irá atender. 

Neste contexto, os objetivos da ProMogno vão de encontro ao projeto do Polo Florestal de Minas Gerais,  cuja intenção é consolidar a região de áreas exclusivas para o cultivo do mogno africano, como um polo produtivo criando volume e constância de fornecimento de madeira. A ação acrescenta ainda mais forças na representação e adesão de novos fornecedores de madeira de qualidade que pretendem atender às exigências do mercado internacional. 

O projeto do Polo Florestal, idealizado pelo Instituto Brasileiro de Florestas, já ultrapassou a marca de 300 investidores e inúmeras áreas disponíveis (incluídas áreas de preservação, implantadas e em processo de plantio). É um projeto que tem ganhado força a cada ano e está alinhado com os mesmos objetivos da ProMogno em busca de fortalecer o setor florestal de madeira nobre.